segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A Visão Americana de Entretenimento começa a chegar ao Brasil

Aos poucos, a 'Visão de Negócios para Entretenimento praticada nos USA começa a chegar aqui. E tudo indica que irá ficar cada vez mais acentuada. Explico: Nos Estados Unidos, um show ou espetáculo é explorado, em termos de rentabilidade, ao extremo.

Tudo que puder ser feito para gerar mais dinheiro em um evento será feito. Estacionamentos, serviços de shutlle, serviços de delivery, vendas de produtos, alimentação, serviços adicionais (como centros de massagem e relaxamento), entre outros.

A Parte de ingressos e setores então é a que sofreu a maior mudança dentro dessa nova cultura. Antes, tínhamos menos setores dentro de um show. Agora, a divisão é maior, com alas e mais alas de alto custo. O Americano tem sempre uma pergunta chave na cabeça: "Alguém pagaria mais por esse lugar?" Se a resposta for sim, está criado um novo setor dentro do show.

Como vimos no show do The Police. Uma imensa área de frente para o Palco, o chamado "Gargarejo", foi separada e teve ingressos no valor de R$ 500,00. Antigamente, aquele setor faria parte da pista. Agora, a Pista começa lá atrás, bem atrás, depois de uma barreira.

Para ficar bem pertinho do seu músico favorito era precisa chegar bem cedo ao local do show. Na atualidade, além disso, vai ser preciso desembolsar um bom dinheiro.

Essa nova visão de negócios deverá também atingir os eventos esportivos no Brasil, pricipalmente o Futebol. Em busca de mais rentabilidade, Clubes Brasileiros prometem copiar o modelo Europeu e transformar os estádios em verdadeiros Centros de Entretenimento. A idéia é fazer com que o torcedor chegue mais cedo ao Estádio no dia do Jogo e usufrua de outros serviços, como se estivesse em um Shopping.

O ingresso também será mais caro. Espera-se com isso, além de um maior faturamento, uma melhoria no nível de frequência dos estádios, que há muito tempo não é mais ocupado por famílias.

É amigos, até na diversão cada um vai ter que ocupar o lugar que pode. Ainda bem que temos a Praia, único lugar onde todos somos iguais e todos se misturam. Será que a Praia um dia também terá área Vip? Já imaginou o cambista dizendo: "Aí chefia, perto da água é mais caro".

Isola na madeira.

Um comentário:

RONALDO SANCHES disse...

Só quero fazer um comentário em cima do meu próprio post. A visão de buscar mais rentabilidade em grandes show, não signfica exatamente que a qualidade dos serviços está garantida. No Brasil, a mudança está acontecendo primeiro na criação do serviço e na cobrança, mas não na qualidade da entrega. Quem vai ao campo de futebol hoje ou a um show de Rock é muito mal atendido e sofre com serviços de péssima qualidade. Isso ainda vai demorar muito tempo para mudar.