terça-feira, 25 de setembro de 2007

Empresas bloqueando funcionários - será um pensamento islâmico?

Muitos de meus amigos têm me contado que, nas empresas onde trabalham, sofrem bloqueios de acesso a alguns sites de internet e a alguns softwares. MSN, You Tube, webmail, orkut, facebook, estão entre alguns deles. Rádios como Terra, Uol, e sites como Finetune e Last FM também engrossam essa lista.
Confesso que entendo a preocupação das empresas com as horas perdidas por seus funcionários em atividades não ligadas ao trabalho. Pesquisas mostram isso. Internet e e-mail, mal administrados, podem desvirtuar o foco de um profissional e reduzir a sua produtividade.

Mesmo assim, não acredito que o bloqueio seja a melhor saída.

Dando um exemplo, um aplicativo como o MSN, bem utilizado, é uma ferramenta maravilhosa. Possuo alguns de meus fornecedores cadastrados e posso fazer uma requisição ou tirar uma dúvida rapidamente. Troco opiniões com colegas de mercado e de diferentes áreas para ter auxílio em alguns trabalhos. Acompanho projetos conversando com minha equipe em tempo real. Ou seja, ele é ótimo para trabalhar.

Falando sobre o bloqueio em sites, imagine um publicitário ou profissional de marketing online sem acesso à sites de música na web. Cansei de montar trilhas para projetos utilizando esses sites.

Proibir, bloquear, é impedir seu funcionário de ter acesso a informação. É torná-lo menos qualificado, menos preparado.

Na cultura islâmica, muitas das proibições são feitas considerando que o homem não é capaz de se controlar. Cobre-se a mulher para o homem não ser tentado.

Não podemos ter a mesma atitude no mundo empresarial. Estamos em 2007. Um profissional moderno precisa entender suas responsabildades, seus limites. Algumas empresas nos USA estão adotando o horário flexível, acreditando neste conceito: o funcionário deve ser responsável. Seu horário pode ser maleável, mas os "dead lines" devem ser cumpridos.

Orientar é a melhor solução
Voltando ao bloqueio, acredito que a melhor saída é a orientação e a gestão de pessoas. É preciso preparar os funcionários para que otimizem e planejem seu tempo, não apenas na utilização da internet, mas também na realização de reuniões e outras atividades.

Ao invés de proibir, as empresas poderiam realizar campanhas internas sobre a utilização do tempo, além de instalar softwares de monitoração e controle. Checando a maneira de atuar de cada funcionário, pode-se orientá-lo da forma mais adequada e individualmente. Pode-se checar também por departamento.

Com certeza é a melhor solução. Proibições só enfraquecem o pensamento e desmotivam o ambiente.

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