quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O erro estratégico de Renan Calheiros

O Brasil tem sido um exemplo de péssimas conduções de Marketing Político. Talvez, a independência de nossos Deputados e Senadores seja demais para permitir a participação de profissionais no assunto em suas vidas.

Talvez seja porque os conselheiros e equipes de nossos políticos são escolhidos em sua maioria por questões de interesse e não questões técnicas.

E como gosta de dizer o Presidente Lula, "nunca na história desse país" tivemos uma condução de Marketing Político tão ruim. O Governo PT parece também não ter um assessor no assunto, tamanha a quantidade de erros que comete desde que tomou posse.

No caso de Renan o erro foi surpreendente. Em uma postura tomada pelo ego, o político alagoano quis durante todo o tempo de suas denúncias manter-se na Presidência do Senado, no trono. E hoje corre o risco de ser cassado.

Renam pode até ser absolvido por algum acordo ou maracutaia, mas não poderia ter cometido erros estratégicos tão infantis. Qualquer que seja o resultado ele danificou demais sua imagem. Tivesse se afastado assim que as denúncias surgiram, alegando que o afastamento era nobre, para preparar sua defesa, conseguiria com certeza melhores resultados.

Com essa medida Renan reduziria os holofotes sobre si e o interesse da mídia. Poderia articular acordos com muito mais discrição nos bastidores. Porém, por arrogância, colocou-se na vitrine e fomentou o ódio sobre sua pessoa por todo o país, em todos os setores. O Brasil projetou na sua figura toda a indignação com a impunidade que nos cerca há anos.

Sinceramente, não sei como Renan pôde ter optado por esse caminho.

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