quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Criar lei sem pensar é perigoso, anti-democrático e sem efeito

Acaba de passar uma lei no Senado proibindo a venda de bebidas alcoólicas em postos de gasolina e lojas de conveniência. Autoria do "grande" Senador Marcelo Crivella.

OK, entendo a preocupação com os acidentes de trânsito, com o grande número de casos de motoristas embriagados nas ruas e nas estradas. Entendo tudo isso e sei que a opinião pública e toda a sociedade clamam por leis que trabalhem nesse assunto.

Mas pergunto: É esse tipo de lei que resolverá o problema?
Um loja de Conveniência não é nada mais do que um bar ou pequeno mercadinho. Boa parte do conceito de sua criação, do motivo delas estarem colocadas em postos de gasolina, foram por questões de segurança e comodidade para os clientes, principalmente quando estão de passagem seguindo de viagem.

Voltando ao ponto central da questão, essa lei não mudará praticamente nada o problema que temos hoje. Temos bares de rua abertos a noite toda e uma série de supermercados 24 horas que vendem bebidas. Isso não impedirá as pessoas de beber e dirigir.

Que tal leis enérgicas? Rigorosas? Acabo de ver um caso de um Rapaz que matou um idoso aqui no Rio de Janeiro, e que vai pegar apenas 4 anos, em regime semi-aberto e cumprindo trabalhos voluntários. Que tal acabar com a impunidade?

Que tal uma limitação de velocidade dos automóveis? Porque um automóvel no Brasil é capaz de atingir mais de 150km por hora se não temos vias para isso? Existe alguma que permita esse valor? Temos auto-estradas como na Europa?

Que tal mais campanhas educativas sobre o assunto? Porque não temos orientações mais incisivas nos colégios, cinemas, lugares públicos e na TV?

Como sempre, sabemos fazer leis que não buscam a resolução do problema e fugimos das medidas que realmente poderiam fazer algum efeito.

Parece que aos nossos políticos só interessa o prático e que dê pouco trabalho.

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